A decisão entre morar em uma casa ou em um apartamento sempre esteve presente na vida do brasileiro, refletindo não apenas questões de estilo de vida, mas também de mercado imobiliário, segurança e custo-benefício. Nos últimos três anos, pesquisas realizadas por diferentes institutos revelam como essa preferência vem oscilando e o que tem motivado essas mudanças.
Em 2023, um levantamento da Brain/ABRAINC apontou uma preferência mais acentuada por casas em rua, escolhidas por 55% dos entrevistados, enquanto os apartamentos foram preferência de 36%. Essa tendência pode ser explicada pelo desejo de maior espaço e liberdade após os anos de pandemia, quando muitas famílias valorizaram áreas abertas, quintais e a possibilidade de personalização do imóvel.
Já em 2024, os números mostraram um equilíbrio maior. Segundo estudo da Brain, 47% dos brasileiros declararam preferência por casas e 45% por apartamentos. Essa proximidade nas escolhas indica que, embora o espaço e a privacidade continuem sendo atrativos das casas, fatores como segurança, conveniência e infraestrutura oferecida pelos condomínios de apartamentos ganharam peso.
O cenário de 2025 reforça essa tendência de equilíbrio, mas com uma leve inversão. Dados mais recentes da Brain revelam que os apartamentos passaram a ser preferência de 46% dos entrevistados, contra 41% que escolheram casas de rua. O crescimento da procura por apartamentos está ligado à urbanização, ao desejo de morar próximo aos centros comerciais e de trabalho, além da percepção de maior segurança que os condomínios oferecem.
Essas mudanças demonstram que a escolha da moradia no Brasil está diretamente associada às condições socioeconômicas, ao momento histórico e às transformações no estilo de vida das famílias. De um lado, as casas oferecem espaço, privacidade e contato com áreas verdes; de outro, os apartamentos se destacam pela praticidade, infraestrutura e segurança.
Com a evolução do mercado imobiliário e a constante transformação das cidades, é provável que essa disputa permaneça equilibrada nos próximos anos, sendo a decisão final cada vez mais pautada pelo perfil de cada família e pelas condições de cada região.