Quando os filhos se tornam independentes e chega a hora de se aposentar, muitos casais decidem mudar de cidade ou experimentar outros estilos de vida. Lá fora, onde esse movimento é mais evidente, os baby boomers —nome dado à geração nascida durante a explosão de natalidade do pós-guerra, entre meados de 1940 e meados de 1960— andam revolucionando todo o conceito de moradia na terceira idade. E fazendo asilos e casas de repouso parecerem ideias ainda mais ultrapassadas do que já são...
Para aliviar a solidão e a pressão financeira de uma forma mais divertida e moderna, muitos aposentados americanos têm se organizado para morar com colegas nos moldes da popular série de TV “Golden Girls', que retrata as atribulações de quatro amigas divorciadas ou viúvas que dividem a mesma casa. Nos EUA, por exemplo, o site Golden Girls Network ajuda mulheres a encontrarem pessoas para dividir o mesmo teto. Rachar as despesas e as tarefas, compartilhar conhecimentos diversos, ter alguém por perto para qualquer emergência e usufruir dos benefícios do contato social para a saúde da mente e do corpo são as maiores vantagens.
© Foto: iStockphoto Novas formas de morar para os maiores de 50
Quem adora o estilo de vida dos grandes resorts ou dos cruzeiros luxuosos, pode se inspirar em Ashby Ponds, uma comunidade de aposentados na Virgínia, nos EUA. A infra-estrutura impressiona: salão de beleza, restaurantes e cafés, centro médico, esportes e fitness e atividades como cerâmica, fotografia e jardinagem. Um lugar para envelhecer mantendo-se jovem.
Outra proposta que tem atraído os 50+ é o chamada cohousing, que combina as vantagens da privacidade com os benefícios da convivência comunitária. São comunidades com cara de condomínio construídas intencionalmente por um grupo de famílias que participam de toda as etapas da construção das residências e espaços comuns. A ideia é compartilhar áreas comuns, como hortas, lavanderias, bibliotecas, carros, até cozinhas, por exemplo. Na Dinamarca onde nasceu o conceito e na Europa, onde moradias desse tipo são cada vez mais comuns, resgatar o senso de comunidade das antigas vizinhanças, apoiando e ajudando uns aos outros. é um dos aspectos mais atraentes da proposta. Ainda não existem co-housings para maiores de 50 no Brasil, mas a ideia anda conquistando um bocado de entusiastas. A arquiteta Lilian Lubochinski é uma delas —ela conheceu o modelo quando se especializava em soluções de arquitetura para a terceira idade e acabou se tornando a maior divulgadora do cohousing no Brasil, por meio de palestras e divulgação de informações na página Cohousing Brasil nas redes sociais.
Para quem gosta da ideia de abandonar o caos da cidade e viver uma vida simples no meio do mato, uma opção é mudar-se para uma ecovila, um modelo de comunidade urbana ou rural já consolidado no Brasil. A proposta é viver em equilíbrio com a natureza e praticar um estilo de vida sustentável. Sendo assim, é preciso que as famílias construam casas com baixo impacto ambiental e criem sistemas para utilizar energia solar e produzir os seus próprios alimentos, entre outros.
Fontes: Cohousing Brasil (www.facebook.com/CohousingBrasil); Cohousing.org (www.cohousing.org); “How Baby Boomers Are Changing Retirement Living', do site www.washingtonian.com; “A new generation of 'Golden Girls' embrace communal living as they get older', do Washington Post (www.washingtonpost.com).
Fonte: http://www.msn.com/pt-br/estilo-de-vida/vivermais50/casa-coletiva-cohousing-e-ecovilas-conhe%C3%A7a-novas-formas-de-morar-depois-dos-50-anos/ar-BBjVzM1?ocid=mailsignoutmd